Trovão e a linguiça
Outro dia o Felipão deu uma entrevista e falou sobre o tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça...
Bons tempos... Na época do guaraná com rolha...
Maldito guaraná com rolha, sempre perdia o gás, ou a rolha saía voando antes da hora.
Quebrei alguns lustres por conta disso...
Mas o pior mesmo era quando quebrava uma janela, aí minha velha avó sempre dizia: “cuidado com o golpe de ar!”, seguido de um “ai se pega na vista....”
Vovó sempre foi uma mulher de sabedoria, não é que um dia a rolha acertou o olho do tio Aníbal!
Coitado... desde então ele fica com um olho no peixe e outro no gato...
Mas voltando ao cachorro e a lingüiça, nunca entendi direito essa história, porque era juntar a fome com vontade de comer! Todas as vezes que tentei amarrar o Trovão, meu amado Dachshund, com uma lingüiça, ele adorou! Acabava comendo a dita cuja em 2 minutos... e depois se deitava e dormia sob o sol deliciado...
Acho que essa era a intenção...
Porque o Trovão era um salsicha que se achava pastor alemão, encrencava com tudo e todos, mas como cão que ladra não morde, nunca fez mal a ninguém, pelo contrário, se alguém em casa estivesse doente, lá estava o Trovão ao lado do enfermo tomando conta.
Mas como nada é para sempre, um dia Trovão faleceu...
Fiquei muito triste no começo, mas sei que todos os cães merecem o céu, e hoje uso lingüiças para amarrar as salsichas na churrasqueira.
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